Fim dos Tempos: Superman é mais um dos lançamentos especiais da Panini Comics no Brasil em agosto. Como o título da revista sugere, ela faz parte da saga Fim dos Tempos, que em 2016 culminará na saga Convergence (ainda sem título oficial em português). Assim como o especial do Lanterna Verde, resenhado há poucos dias no Terra Zero, esta edição do Superman é autocontida e facilmente compreendida por leitores casuais.
O interessante de notar em Fim dos Tempos: Superman é a composição do mix. A revista reúne todas as publicações do Superman, da Supergirl e daMulher-Maravilha. Superboy, por outro lado, ficou reservado para Fim dos Tempos: Universo DC. À primeira vista, a escolha da Panini pode parecer estranha; porém, a leitura das histórias mostra que a editora acertou em cheio. Futures End: Superboy (a edição original norte-americana) é autossustentável e não cruza, em momento algum, com o resto do universo do Superman. As outras publicações, porém, ou são estreladas pelo Homem de Aço ou têm ligação direta com sua mitologia.
Em Fim dos Tempos: Superman estão, exatamente nesta sequência, as revistas Futures End: Superman, Futures End: Action Comics, Futures End: Supergirl, Futures End: Wonder Woman e Futures End: Superman/Wonder Woman. Todas mostram facetas interessantes do futuro imaginário do Universo DC que compõe a saga, mas o destaque fica para a primeira história do mix. Estrelado por Shazam e Lois Lane, o conto de Dan Jurgens e Lee Weeks mostra que esta veterana dupla criativa se combina de forma mágica (o trocadilho é proposital).
Na saga principal, Fim dos Tempos, é mostrado que o Shazam assumiu a identidade do Superman em segredo como promessa ao herói que o ajudou a escapar das mãos do vilão Adão Negro. Lois Lane revelou isso ao mundo e deixou o herói numa saia justa perante a população, mas uma conversa franca entre eles resolve tudo e faz com que o Shazam volte a ser quem realmente é.
Jurgens e Weeks caracterizam muito bem os protagonistas e deixam um gostinho de “quero mais” no final. Meses depois do lançamento desta história nos Estados Unidos, os dois se reuniram para uma minissérie de duas partes chamada Convergence: Superman. Como o nome sugere, ela fez parte da saga Convergence. A história foi tão bem recebida que a dupla foi convocada pela DC para criar uma revista mensal chamada Superman: Lois and Clark. Ela dará continuidade ao Superman pré-Novos 52.
As outras histórias do mix possuem seu próprio brilho, mostrando facetas diferentes dos futuros alternativos de Superman, Mulher-Maravilha e Supergirl. A Garota de Aço tem uma conclusão muito bonita, aliás. Em história de Tony Bedard e Emanuela Lupacchino, a Supergirl resolve seus conflitos internos e alcança a felicidade. O conceito é clichê, mas execução de Bedard é tão boa que o leitor embarca na aventura sem preconceitos.
Fim dos Tempos: Superman é mais recomendada para fãs do personagem. Todavia, entusiastas do Universo DC e curiosos em geral podem se divertir tranquilamente com esta edição. O editorial da Panini no começo da revista situa o leitor muito bem, facilitando a compreensão do que vem a seguir e tirando, de antemão, qualquer dúvida cronológica que possa surgir durante a leitura.
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